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segunda-feira, 6 de setembro de 2010


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Dias nublados são praticamente um motivo pra ficar pensativo. Nada funciona. Eu me levanto mas logo me deito. Eu faço minha cama e logo a desfaço. Eu abro mão automaticamente de tornar esses dias produtivos, pra voltar ao passado e me analisar.
É engraçado como o sentimento está ausente quando eu entôo uma canção. Nenhuma lágrima está presente em meu rosto no final, seja qual for a musica, mesmo as que contem histórias de um autêntico amor platônico.
Para onde estão indo os meus sentimentos? Serei eu mesma a responsavel por seu desaparecimento repentino?
Se isso for realmente fato, estou certa de que posso morrer a qualquer momento. Pois sendo
um ser humano ausente de sentimentos, logo não sou um ser humano mais sim um mutante. Seres dessa qualidade existem por aí aos montes, contudo não vejo isso apenas como uma forma de ser. Mas creio que está frieza se torna uma forma de sobrevida, como se só existisse um corpo nesse mundo e sua alma já estivesse no céu ou no inferno, e o seu corpo só esperasse pela morte.
Não consigo mais definir um pingo das coisas que meu coração sente. Mas o medo com certeza está em mim como o molho de tomate está para o espaguete.
Fresca e fina como a chuva desse dia, assim são os batimentos cardíacos dos meus sentimentos que como as delicadas gotículas de agua ora param de cair, ora tornam-se constantes, ora tornam-se chuva e tempestade, ora deixam de lembrança apenas o frio que acompanha uma tarde nublada.
E amanhã, será que essa tarde nublada passará? E assim trata consigo meus sentimentos de volta, acompanhados do meu ânimo e trazendo consigo uma dose de esperança? Será que as nuvens se abrirão e do céu um raio de luz virá comicamente sobre minha cabeça, mudando a minha sorte? Eu acredito que não.
Os sentimentos só acompanham a chuva pra se tornarem ausentes, mas em dias de sol, eles ficam apenas inertes dentro do peito. Cabe a mim torna-los ativos e produtivos, como se espera de um dia ensolarado.